O índice que mede a inflação para o consumidor da terceira idade, com mais de 60 anos de idade, registrou no primeiro trimestre variação de 1,54%, passando a acumular avanço de 6,20% em 12 meses, segundo divulgou nesta segunda-feira (12) a Fundação Getulio Vargas (FGV).
Com este resultado, a variação do IPC-3i se manteve acima da taxa acumulada pelo IPC-BR, índice geral da população, que foi de 6,10%, no acumulado em 12 meses.
Na comparação com o 4º trimestre de 2020, o IPC-3i desacelerou a alta, passando de 2,81% para 1,54%. No mesmo período, o IPC-Br registrou alta de 1,81%, depois de marcar 2,69% no trimestre anterior.
No quarto trimestre, o IPC-3i acumulava alta de 5,69% em 12 meses, contra 5,17% do IPC-Br.
Componentes do índice
Quatro das oito classes de despesa componentes da inflação da terceira idade, registraram decréscimo em suas taxas de variação.
“A principal contribuição partiu do grupo Habitação, cuja taxa passou de 3,40% para -0,37%. O item que mais influenciou o comportamento desta classe de despesa foi tarifa de eletricidade residencial, que variou -6,44% no primeiro trimestre, ante 11,68%, no anterior”, informou a FGV.
Em contrapartida, os grupos Transportes (2,23% para 7,16%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,39% para 1,24%), Despesas Diversas (0,45% para 0,88%) e Vestuário (0,54% para 0,63%) tiveram alta no 1º trimestre.
Os destaques de alta na passagem do 4º trimestre para o 1º trimestre foram: gasolina (3,40% para 21,84%), médico, dentista e outros (0,09% para 2,05%), cigarros (-0,93% para 1,85%) e calçados femininos (-0,30% para 2,07%).
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, ficou em 0,93% em março, acumulado alta de 6,10% em 12 meses, conforme divulgou o IBGE na semana passada.
Como é calculado o índice
A principal diferença entre o IPC-3i e o IBC-Br está na ponderação da cesta de produtos e serviços para chegar ao indicador final, com maior peso de despesas com saúde e habitação, por exemplo.
O IPC-3i é calculado a partir da estrutura orçamentária de famílias compostas por, pelo menos, 50% de indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos de idade, cuja renda esteja no intervalo de 1 a 33 salários mínimos mensais