‘Inflação do aluguel’ desacelera a 1,30% em novembro, mas fica acima do esperado

O IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado), popularmente conhecida como a ‘inflação do aluguel’, passou a subir 1,30% em novembro, depois de ter registrado alta de 1,52% no mês anterior, mas ainda avançou mais do que o esperado, mostraram dados divulgados pela FGV (Fundação Getulio Vargas) nesta quinta-feira (28).

 

A expectativa em pesquisa da Reuters era de alta de 1,18%, e, com o resultado do mês, o índice passou a subir 6,33% no acumulado de 12 meses.

 

Os contratos de aluguel residencial com aniversário em dezembro deste ano e correção pelo IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado) poderão ser reajustados em 6,33%. O percentual corresponde à variação acumulada em 12 meses (dezembro de 2023 a novembro de 2024) do IGP-M, divulgado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). Em novembro, o indicador teve uma variação de 1,30%.

 

Para calcular o novo aluguel o locatário pode multiplicar o  valor pago em novembro por 1,0633, que é o fator de atualização, segundo o Secovi-SP. Por exemplo, um aluguel de R$ 2.000 que vigorou até novembro de 2024 vai subir para R$ 2.126,60 no final do mês de dezembro ou início de janeiro.

 

O IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, subiu 1,74% em novembro, depois de ter avançado 1,94% no mês anterior. “Semelhante ao mês de outubro, a alta do IGP foi influenciada por commodities agropecuárias. No IPA, os principais destaques foram a carne bovina, o milho e a soja”, destacou Matheus Dias, economista do FGV Ibre.

 

Já o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), que tem peso de 30% no índice geral, teve variação positiva de 0,07% em novembro, de uma alta de 0,42% em outubro. Os custos de Habitação (de 1,35% para -0,93%), Despesas Diversas (de 1,08% para 0,49%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,35% para 0,16%), Educação, Leitura e Recreação (de -0,02% para -0,16%), Vestuário (de 0,23% para 0,04%) e Comunicação (de 0,14% para 0,03%) apresentaram recuo na sua taxa de variação.

 

O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) passou a subir em novembro 0,44%, de uma alta de 0,67% em outubro.