O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) passou a subir em março após registrar queda no mês anterior, mas reduziu o avanço acumulado em 12 meses para o menor patamar em mais de cinco anos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira.
Esse índice é popularmente conhecido como a “inflação do aluguel”, pois há 30 anos corrige a maioria dos contratos de locação residencial e comercial.
O IGP-M teve variação positiva de 0,05% neste mês, após recuar 0,06% na leitura anterior, passando a acumular alta de 0,17% em 12 meses. A expectativa em pesquisa da Reuters com analistas era de alta mensal de 0,15%.
“O IGP-M acumulado em 12 meses segue em desaceleração e registra a sua menor taxa desde fevereiro de 2018, quando apresentara queda de 0,42%”, afirmou em nota André Braz, coordenador dos índices de preços.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, caiu 0,12% em março, após queda de 0,20% em fevereiro.
Os Bens Intermediários aceleraram a queda para 1,08% em março, de recuo de 0,98% em fevereiro, com menor pressão dos materiais e componentes para a manufatura.
Por outro lado, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, intensificou a alta para 0,66% em março, de 0,38% no mês anterior.
“A variação do IPC acelerou devido à volta da cobrança dos tributos federais sobre a gasolina, cujo preço subiu em média 6,52%”, explicou Braz.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve alta de 0,18% no período, de 0,21% antes.
O IGP-M calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.