Inflação no Brasil é a 3ª maior em ranking das principais economias

inflação acima todos 14_01_22A inflação brasileira em 2021, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve ser a terceira mais alta entre as principais economias do mundo, ficando apenas atrás da Argentina e da Turquia, segundo levantamento da economista-chefe Andrea Damico, da Armor Capital, com os dados da plataforma CEIC Data.

 

O IPCA ficou em dois dígitos em 2021, com alta de 10,06%, o maior aumento desde 2015 (10,67%), e superou em muito o teto da meta de inflação (5,25%) – o centro era de 3,75%.

 

A Argentina encerrou o ano com a inflação em 50,9%, comunicou o Indec (Instituto Nacional de Estatística e Censos) nesta 5ª feira (13.jan.2022). O aumento registrado em dezembro foi de 3,8%….

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Na Turquia, o índice saltou 36,08% de janeiro a dezembro, um recorde em 20 anos, em meio à intervenção do presidente Recep Tayyip Erdogan no Banco Central do país, com pressão para reduzir juros.

 

A inflação nos Estados Unidos encerrou 2021 com uma alta acumulada de 7%, o maior valor em quase quatro décadas, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (12). O resultado pode reforçar as expectativas de que o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) comece a elevar os juros já em março.

 

O índice chinês acumulou 1,50% no ano passado. Já a economia americana teve a maior alta de preços desde junho de 1982 (7%), também ultrapassando a meta de 2,0%.

 

 

Aumento de preços nos países ricos é má notícia para o País

A inflação fechou 2021 em alta em quase todo o mundo. Nos EUA, chegou a 7%, a mais alta em quase 40 anos. Na Zona do Euro, a 5%. E esse resultado nos países ricos não é uma boa notícia para o Brasil e os demais emergentes. Isso porque o remédio tradicional para se combater a inflação é o aumento dos juros. E, se os juros se tornam mais atrativos em países considerados seguros para o investidor colocar seu dinheiro, a tendência é fugir de países considerados mais problemáticos para os investimentos, como o Brasil.

 

No caso brasileiro, o cenário é ainda mais complicado em 2022 por conta da eleição, que deve deixar o cenário econômico mais turbulento.