O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) — considerado a prévia da inflação oficial do país — subiu 0,51% em maio, e foi a mais branda desde outubro de 2022, quando houve elevação de 0,16%, segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE.
A taxa do IPCA-15 acumulada em 12 meses desacelerou de 4,16%, em abril, para 4,07% em maio. A taxa em 12 meses do IPCA-15 completou assim 12 meses seguidos de redução.
No acumulado de 2023 até maio, o IPCA-15 apresentou alta de 3,12%.
Os números vieram bem abaixo das expectativas de economistas e analistas do mercado financeiro. A equipe de análise do BTG Pactual previa variação positiva de 0,62%, enquanto a Warren esperava 0,65%. A mediana das projeções era de uma alta de 0,64%, segundo a Investing.
Apesar disso, as expectativas para a inflação no final do ano ainda estão acima do teto da meta. Segundo a última edição do Boletim Focus, relatório do BC que reúne as projeções de agentes do mercado financeiro, a previsão é de que o IPCA encerre o ano em 5,80%.
Os pesos sobre a inflação do IPCA-15
De acordo com o IBGE, sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo indicador apresentaram alta em maio, com destaque para saúde e cuidados pessoais e alimentação.
Veja a variação de cada grupo:
- Alimentação e bebidas: 0,94%
- Habitação: 0,43%
- Artigos de residência: -0,28%
- Vestuário: 0,35%
- Transportes: -0,04%
- Saúde e cuidados pessoais: 1,49%
- Despesas pessoais: 0,40%
- Educação: 0,07%
- Comunicação: 0,02%