O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) — considerado a prévia da inflação oficial do país — subiu 0,21% em outubro, informou nesta quinta-feira (26) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado representa uma desaceleração de 0,14 ponto percentual em relação ao mês passado, quando o indicador avançou 0,35%. No entanto, os números vieram acima das projeções do mercado, que previa uma alta mais modesta de 0,17%.
Em 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 5,05%, acima dos 5,00% registrados no período imediatamente anterior. Já em 2023, até aqui, a prévia da inflação já avançou 3,96%.
Período | Taxa |
Outubro de 2023 | 0,21% |
Setembro de 2023 | 0,35% |
Outubro de 2022 | 0,16% |
Acumulado do ano | 3,96% |
Acumulado nos últimos 12 meses | 5,05% |
Sete dos nove grupos pesquisados registraram alta em outubro. A maior variação (0,78%) e o maior impacto (0,16 p.p.) vieram de Transportes pelo segundo mês consecutivo. Os grupos Saúde e cuidados pessoais (0,28%) e Habitação (0,26%) também registraram alta e contribuíram com 0,04 p.p. cada.
No lado das quedas, os preços do grupo Alimentação e bebidas (-0,31% e -0,07 p.p.) recuaram pelo quinto mês consecutivo. Os demais grupos ficaram entre a queda de Comunicação (-0,29%) e a alta de Despesas Pessoais (0,31%).
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
Setembro | Outubro | Setembro | Outubro | |
Índice Geral | 0,35 | 0,21 | 0,35 | 0,21 |
Alimentação e bebidas | -0,77 | -0,31 | -0,16 | -0,07 |
Habitação | 0,30 | 0,26 | 0,05 | 0,04 |
Artigos de residência | -0,47 | 0,05 | -0,02 | 0,00 |
Vestuário | 0,41 | 0,33 | 0,02 | 0,02 |
Transportes | 2,02 | 0,78 | 0,41 | 0,16 |
Saúde e cuidados pessoais | 0,17 | 0,28 | 0,02 | 0,04 |
Despesas pessoais | 0,35 | 0,31 | 0,04 | 0,03 |
Educação | 0,05 | 0,07 | 0,00 | 0,00 |
Comunicação | -0,15 | -0,29 | -0,01 | -0,01 |
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados entre 15 de setembro e 13 de outubro (referência) e comparados com aqueles vigentes de 15 de agosto a 14 de setembro (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de um a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.