Lucro dos grandes bancos cresce 13,6% e soma R$ 24,8 bi no 1º trimestre

bancos 0s 04 maiores 13_05_22Os quatro grandes bancos do país —Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e BB (Banco do Brasil)— reportaram um lucro líquido conjunto de R$ 24,76 bilhões no primeiro trimestre de 2022, em um cenário de aumento dos juros para domar a inflação, que impacta positivamente o nível de rentabilidade do setor financeiro.

 

O número equivale a um crescimento de 13,57% na comparação com igual período do ano passado.

 

O resultado foi impulsionado principalmente pelo avanço das carteiras de crédito dos bancos no período, em especial de linhas de maior expectativa de risco e de retorno voltadas às pessoas físicas, como cartão de crédito, cheque especial e crédito rotativo, diz João Frota

 

O Itaú registrou lucro de R$ 7,361 bilhões no primeiro trimestre de 2022, o que equivale a um crescimento de 15% na comparação com o mesmo período do ano passado. O Banco Bradesco teve um   lucro líquido  de R$ 7,009 bilhões,  uma alta de 13,9% na comparação com o mesmo período do ano passado. Já o Banco do Brasil informou que   registrou lucro de R$ 6,660 bilhões no primeiro trimestre deste ano, o que representa um crescimento de 57,6% na comparação com o mesmo período do ano passado,  e o  Santander Brasil registrou lucro líquido de R$ 3,946 bilhões no 1º trimestre de 2022, o que representa uma alta de 40,1% na comparação com os 3 primeiros meses do ano passado .

 

No entanto, conforme operações de maior rentabilidade ganharam espaço nas carteiras, aumentaram também os índices de inadimplência, movimento já sinalizado pelos próprios bancos, em um ambiente de juros e de inflação de volta aos dois dígitos que corrói o poder de compra da população, acrescenta Salles.

 

O crescimento das taxas de atraso, tendência que os próprios bancos foram unânimes em sinalizar que deve prosseguir de forma moderada nos próximos trimestres, é um dos principais pontos no radar de analistas do mercado para o restante do ano, diz Alexandre Masuda, sócio, co-gestor e chefe de análise na gestora SFA Investimentos.