Manguaça Cultural
Você sabia?
Antigamente, os escravos eram responsáveis pela fabricação do melado. Eles colocavam o caldo da cana-de-açúcar em um tacho, levavam ao fogo e não podiam parar de mexer até que uma consistência cremosa surgisse. Porém um dia, cansados de tanto mexer e com outros serviços ainda por terminar, os escravos simplesmente pararam e o melado desandou.
O que fazer agora? A saída que encontraram foi guardar o melado longe das vistas do feitor.
No dia seguinte, encontraram o melado azedo e fermentado. Não pensaram duas vezes e misturaram o tal melado azedo com o novo e levaram ao fogo. Resultado: o ‘azedo’ do melado do dia anterior era álcool que, aos poucos foi evaporando, formando no teto do engenho goteiras que pingavam constantemente. Era a cachaça já formada que pingava. Daí o nome ‘PINGA’.
Apesar de trabalharem como animais, os escravos eram desrespeitados, e apanhavam de chicote a mando dos feitores, produzindo vergões em sua pele. Quando a pinga batia nas costas dos escravos, ardia muito, por isso passaram a chamar o líquido de ‘ÁGUA-ARDENTE’.
Caindo em seus rostos escorrendo até a boca, os escravos matavam a sede sorvendo as gotas que caíam do telhado; com isso, ficavam alegres e com vontade de dançar. E sempre que queriam ficar alegres repetiam o processo.
Pode ser história ou estória, mas não deixa de ser interessante.
Não basta beber, tem que conhecer!
Bebum bem informado é outra coisa. Pode chegar até a Presidente!