Os dados fortes do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no segundo trimestre fizeram o mercado ampliar as apostas de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central irá elevar a taxa Selic em 0,5 ponto percentual na reunião deste mês, para 11% ao ano.
O movimento ocorre mesmo após a indicação clara do presidente do BC, Roberto Campos Neto, na sexta-feira de que, se um ciclo de aperto monetário no país for retomado, ele será gradual.
Perto das 9h55, a precificação embutida na curva de juros era de uma alta de cerca de 0,4 ponto na Selic neste mês, o que representaria uma probabilidade implícita de 62,3% de elevação de 0,5 ponto na taxa básica de juros — cálculo que considera apenas o cenário entre uma alta de 0,25 ponto e de 0,5 ponto.
A próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) ocorre nos dias 17 e 18 de setembro de 2024.
Nas reuniões seguintes, de novembro e dezembro, a precificação da curva de juros embute altas de 0,46 ponto e 0,44 ponto, respectivamente, o que levaria a uma Selic entre 11,75% e 12% (11,8% no total) no fim de 2024.