Os analistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo BC (Banco Central) mantiveram inalteradas suas expectativas para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ao final deste ano. A divulgação do Boletim Focus desta terça-feira (30) traz ainda a estabilidade das projeções para a taxa Selic e a variação do PIB (Produto Interno Bruto).
Como deve ser a inflação
Espera-se que o índice oficial de preços avance 3,73% em 2024. A estimativa semelhante à da semana passada surge mesmo após a prévia da inflação de abril desacelerar e subir 0,21% em abril. A variação menor foi determinada pela altas menores dos alimentos.
A nova estimativa mantém o índice oficial de preços na meta. Conforme a delimitação do CMN (Conselho Monetário Nacional), o IPCA deve terminar 2024 em 3%. A variação pré-determinada conta com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, entre 1,5% e 4,5%.
Para este mês de abril, a previsão é que o índice apresente alta de 0,35%. A variação a ser divulgada no próximo dia 10 deve representar que a inflação ganhará força diante do avanço de 0,16% dos preços em março. Para maio e junho, as expectativas são de altas de 0,25% e 0,17%, respectivamente.
As expectativas para a inflação para os próximos três anos também seguem inalteradas. As variações previstas pelo mercado financeiro para 2024, 2025 e 2026 são de, respectivamente, 3,6%, 3,5% e 3,5%.
PIB
Os analistas estimam que a economia brasileira crescerá 2,02% neste ano. A variação é a mesma prevista na semana passada. Para 2025 e 2026, as expectativas também permanecem estáveis em 2% para ambos os períodos.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia.
Juros
As projeções do mercado mostram que a taxa Selic encerrará o 2024 em 9,5% ao ano. A variação semelhante à apresentada na semana passada é 0,75 ponto percentual inferior ao atual nível da taxa básica de juros. Para 2025 a estimativa é de uma taxa de 9,0%.
A taxa Selic é o principal ferramenta de política monetária para conter a inflação. Isso acontece porque os juros mais altos inibem o poder de compra das famílias e limitam a alta dos preços praticados na economia.
Dólar
A projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2024 se manteve em R$ 5 e para o fim de 2025, a em R$ 5,05.