As micro e pequenas empresas geraram 182,2 mil novos postos de trabalho em maio deste ano, aumento de 115% na comparação com abril. O número é 2,5 vezes maior que o registrado pelos médios e grandes negócios, que criaram 70,9 mil vagas neste período.
Os dados foram divulgados pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, nesta segunda-feira (5).
Este é o 11º mês consecutivo que as micro e pequenas empresas apresentam um resultado positivo nas contratações no Brasil.
“Mesmo com os fortes impactos na queda de faturamento dos pequenos negócios, causado pela pandemia do coronavírus, esse segmento tem sido o responsável pela sustentação do nível de emprego no Brasil”, afirma o presidente do Sebrae, Carlos Melles.
Nos cinco primeiros meses de 2021, as micro e pequenas empresas foram responsáveis for 858.419 novos postos de trabalho, contra 279.195 das médias e grandes. Isso significa que para cada posto de trabalho gerado por uma média ou grande empresa, as micro e pequenas criam três vagas.
A análise mensal do Sebrae mostra uma ligeira retomada ao patamar de 300 mil contratações por mês, após uma queda no ritmo de novas carteiras de trabalho assinadas, registrada nos meses de março e abril.
Serviços em alta
A análise setorial mostra que todas as micro e pequenas empresas, independentemente de setor, apresentaram um saldo positivo na geração de empregos. Porém, o setor de serviços, um dos mais afetados pela pandemia, foi o que mais criou novas vagas.
Criação de vagas em maio:
- Serviços: 78,6 mil vagas
- Comércio: 51,4 mil vagas
- Construção Civil: 25 mil vagas
- Indústria da Transformação: 21 mil vagas
São Paulo foi o estado que criou mais vagas em números absolutos (50,2 mil), seguido por Minas Gerais (20,7 mil) e Rio de Janeiro (14,4 mil).
Em uma análise comparativa, levando em consideração a proporção do número de habitantes, o Amazonas assume a liderança com um saldo 19,8 empregos a cada mil habitantes. Em segundo lugar está o Pará com 15,5 e em seguida o Piauí com 14,34.