Os casos de dengue no Paraná e em mais cinco estados tem possibilidade de aumento em 2025. Segundo modelagens do InfoDengue, também se espera maior incidência em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Tocantins e Mato Grosso do Sul, que serão acompanhados de perto. Esses estados apresentam sinais de aumento nas infecções, mas todas as regiões contarão com o apoio do Ministério da Saúde para o controle da doença.
Casos de dengue no Paraná
Até o momento, dengue no Paraná chegaram a 1.327 casos e há um óbito em investigação. O principal fator que justifica o aumento de dengue no Paraná previsto é a continuidade do fenômeno El Niño, que pode intensificar condições climáticas favoráveis à proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.
O Ministério da Saúde instalou o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para Dengue e outras Arboviroses. O COE será responsável pelo planejamento de ações para antecipar o período sazonal da dengue, adequar as redes de saúde, prevenir casos e mortes e reforçar as medidas preventivas. Além disso, o centro vai coordenar as respostas a situações críticas em constante diálogo com estados, municípios, pesquisadores, instituições científicas e outros ministérios.
Como parte das medidas de controle, também foi lançado o Plano de Contingência Nacional para Dengue, Chikungunya e Zika. O objetivo para os casos de dengue no Paraná e outros estados é garantir uma preparação adequada para conter o avanço das doenças. O documento traz orientações para a elaboração de planos regionais, estaduais e municipais, levando em conta as especificidades do contexto epidemiológico e dos arranjos socioambientais, além de incorporar experiências e iniciativas locais e regionais.
Ações para controle da dengue
A pasta também tem coordenado diversas ações em todo o território nacional para o controle das arboviroses. Entre as principais iniciativas estão:
- • A ampliação do uso de tecnologias de controle do vetor, destacando-se:
- • Expansão do método Wolbachia, de 3 para 40 cidades até 2025;
- • Implantação de insetos estéreis em aldeias indígenas;
- • Borrifação residual intradomiciliar (BRI-Aedes) em áreas de grande circulação, como creches, escolas e asilos;
- • Instalação de 150 mil Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDLs) na primeira fase do projeto;
- • Uso de Bacillus Thuringiensis Israelensis (BTI) para monitoramento e controle da disseminação do mosquito;
- • No Distrito Federal, estão sendo instaladas cerca de 3 mil EDLs na região do Sol Nascente, com expansão prevista para outras áreas periféricas.
Além disso, o Ministério da Saúde destinou R$ 1,5 bilhão para a implementação dessas tecnologias e a intensificação das campanhas educativas.
Cenário epidemiológico nacional
De acordo com os dados Painel de Monitoramento de Arboviroses, em 2024, o Brasil registrou 6,6 milhões de casos prováveis de dengue e 6 mil óbitos. Até a quinta-feira (9), foram notificados 16,3 mil casos prováveis e 16 óbitos estão em investigação em 2025. Do total de casos 75,4% estão concentrados na região Sudeste.