O salário mínimo no Brasil entrou em 2025 com um novo valor: R$ 1.518, um reajuste de R$ 106 em relação ao ano anterior. A mudança, que passou a vigorar dedes o dia primeiro, trouxe uma atualização que combina a reposição da inflação acumulada de 4,84% (segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC) e um ganho real de 2,5%.
Essa alteração segue a nova regra aprovada pelo Congresso Nacional, que condiciona o reajuste aos limites estabelecidos no arcabouço fiscal em vigor entre 2025 e 2030. Durante esse período, o salário mínimo poderá apresentar ganhos reais que variam entre 0,6% e 2,5%.
Impactos na economia e no bolso dos brasileiros
O novo salário mínimo influencia diretamente a vida de 59 milhões de brasileiros que têm sua renda vinculada a ele. Entre os grupos afetados estão empregados formais, trabalhadores domésticos, empregadores, autônomos e beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Além disso, o impacto do reajuste atinge despesas do governo federal, como pagamentos a cerca de 19 milhões de aposentados e pensionistas, 4,7 milhões de beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC), trabalhadores que acionam o seguro-desemprego e aqueles que recebem o abono salarial (PIS-Pasep).
Menor reajuste comparado à regra anterior
De acordo com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a regra anterior previa um reajuste baseado na inflação somada à variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes, o que resultaria em um ganho real de 3,2%. A nova política, por sua vez, reduz esse percentual para no máximo 2,5%.
Embora o ganho real seja menor, a medida promete economizar cerca de R$ 110 bilhões nos gastos públicos até 2030, segundo estimativas da Tendências Consultoria. Para 2025, a economia prevista é de R$ 2 bilhões.
