O Brasil atingiu em 2023 a taxa mínima histórica de jovens entre 15 e 29 anos que não estudavam nem trabalhavam, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (4) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Os 10,3 milhões de jovens sem ocupação e sem estudo equivalem a 21,2% da população estimada nesta faixa etária, que era de 48,5 milhões. O resultado representa as menores taxas percentuais e os menores valores absolutos desde o início da série do instituto, em 2012. A mínima histórica anterior havia sido registrada em 2013, com 21,6%.
Os dados são da Síntese de Indicadores Sociais (SIS) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 4. O IBGE pondera que a pesquisa considera como estudo somente a frequência à escola, sem incluir a frequência a cursos pré-vestibular, técnico de nível médio, normal (magistério) e qualificação profissional.
O jovem que não estuda nem trabalha também é chamado de ‘nem-nem’. O IBGE, contudo, evita o termo, pois uma parcela desse grupo pode exercer atividades não renumeradas dentro de casa, sem que haja vínculo empregatício.
Em relação ao ano anterior, houve redução no número de jovens nem-nem em todos os grupos de gênero e raça. O total de jovens que não estudam e não estão ocupados recuou 4,9% em 2023 ante 2022: a queda foi de 11,9% entre mulheres brancas; redução de 9,3% entre homens pretos ou pardos; e diminuição de apenas 1,6% entre as mulheres pretas ou pardas. Como consequência, as jovens negras passaram a representar um ápice histórico de 45,2% dos jovens na condição de nem-nem.