O Brasil abriu 277.944 empregos com carteira assinada em junho, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados hoje pelo Ministério do Trabalho e Previdência. O número é a diferença entre 1.898.876 contratações e 1.620.932 desligamentos registrados no mês.
Este é o terceiro mês seguido de alta. O salário médio de admissão também subiu: em junho, o novo contratado recebeu, em média, R$ 1.922,77, um aumento de 0,68% em relação ao mês anterior.
No acumulado de 2022, o saldo é de e 1.334.791 empregos, decorrente de 11.633.347 admissões e de 10.298.556 desligamentos.
O resultado, porém, representa queda em relação a junho do ano passado, quando foram criadas 317.812 vagas formais. Ao todo, no primeiro semestre de 2022, o saldo foi de 1.334.791 novas vagas. No mesmo período em 2021, foram criados 1.478.997 postos formais.
O mercado financeiro já esperava um novo avanço no emprego, mas o resultado veio acima da mediana das estimativas de analistas consultados pela agência Estadão Conteúdo. A previsão era que a abertura líquida ficasse entre 200 mil a 300 mil vagas no mês.
O ministério também revisou para baixo os dados do mês anterior, de 277.018 para 274.582 vagas.
Todos os setores tiveram saldo positivo
Todos os setores tiveram saldo positivo no mês, diz o governo federal. A área de serviços foi a que mais abriu postos, com 124.534 novos contratos.
Veja os resultados a seguir:
- Serviços: 124.534 novas vagas;
- Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas: 47.176 novas vagas;
- Indústria geral: 41.517 novas vagas;
- Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura: 34.460 novas vagas;
- Construção: 30.257 novas vagas.
Divisão por região
Na divisão pelas regiões brasileiras, as cinco apresentaram saldo positivo na geração de novas vagas, com a região Sudeste com o maior número de novas vagas, e a Norte com o maior crescimento. Veja os resultados a seguir:
- Sudeste (+137.228 postos, +0,64%);
- Nordeste (+52.122 postos, +0,77%);
- Centro-Oeste (+34.263 postos, +0,94%);
- Sul (+31.774 postos, +0,40%);
- Norte (+21.780 postos, +1,10%).
Salário médio sobe
Segundo os dados divulgados hoje pelo governo, o salário médio de admissão em junho foi de R$ 1.922,77 no território nacional. Comparado ao mês anterior, houve acréscimo real de R$ 12,99, um ganho de 0,68%.
Quatro dos cinco setores registraram alta no salário. O único com variação negativa foi o da agricultura. Veja a seguir a variação relativa do salário médio por setor:
- Indústria geral: R$ 1.991,28 (+2,30%);
- Construção: R$ 1.988,95 (+1,33%);
- Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas: R$ 1.663,45 (+0,48%);
- Serviços: R$ 2.048,46 (+0,26%);
- Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura: R$ 1.669,68 (-0,03%).