O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado como prévia do desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), apresentou uma queda de 0,1% em junho, em relação ao mês anterior, divulgou o Banco Central (BC) nesta segunda-feira. Com isso, o índice fechou o primeiro semestre com um crescimento de 1,8%.
A maior parte da alta, no entanto, foi acumulada durante o primeiro trimestre, que teve crescimento de 1,5%. Os últimos três meses apresentaram uma desaceleração, com uma alta de 0,3%.
Em junho, o setor de serviços, que estava puxando as oscilações positivas no ano, teve crescimento tímido, de 0,1%. Enquanto isso, houve quedas registradas pelos setores agropecuário (-2,3%) e industrial (-1,1%).
Junho foi o segundo mês seguido de queda, após recuo de 0,7% em maio. No acumulado de 12 meses até junho, a alta do indicador foi de 3,9%.
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve crescimento de 1,4% do IBC-Br em junho.
O IBC-Br é ajustado para compensar variações sazonais, como feriados e férias, permitindo uma comparação mais precisa entre os períodos.
O resultado reforça os sinais de que a economia brasileira manteve certo dinamismo no início do ano, mesmo com os juros ainda elevados, mas que começou a desacelerar no segundo trimestre. Para especialistas, a desaceleração deve continuar no segundo semestre.
Apesar disso, o próprio Banco Central e o mercado financeiro esperam um ritmo de crescimento mais moderado nos próximos meses. As projeções apontam que o PIB deve crescer cerca de 2% em 2025, abaixo dos 3,4% registrados em 2024.
