Pela primeira vez, projeção para a inflação encosta no teto da meta

Os analistas ouvidos pelo Boletim Focus, do Banco Central, projetam pela primeira vez a inflação bem próxima ao teto da meta: 4,56%, quando o limite de tolerância é 4,50%. Foi a quinta redução consecutiva das estimativas.

 

As perspectivas para o IPCA foram reduzidas em todo o cenário relevante, para 2026, ficou em 4,20%; para o ano seguinte em 3,82%, fechando em 2028, em 3,54%.

 

O resultado do IPCA-15, na sexta-feira, de 0,18%, abaixo da previsão do mercado, já havia reforçado a tendência de uma taxa dentro do intervalo da meta. Há economistas, inclusive, que já avaliam a possibilidade de que o IPCA fique um pouco abaixo do teto, o que parecia inimaginável nas projeções há até bem pouco tempo.

 

A inflação de alimentos, especialmente, no domicílio, vêm surpreendendo positivamente, teve a quinta deflação seguida no IPCA-15. Os núcleos também tiveram uma trajetória mais benigna nos dados da prévia da inflação. Aliado a um dólar mais comportado, as perspectivas para o IPCA deste ano vêm melhorando semana a semana.

 

PIB

A expectativa do PIB para 2025 caiu de 2,17% para 2,16%. Para 2026, a expectativa também diminuiu, saindo de 1,80% para 1,78%.

 

A estimativa de 2027 subiu de 1,82% para 1,83%, enquanto para 2028 permaneceu em 2,00%.

 

Selic

A previsão da Selic para este ano permaneceu em 15%. Para 2026, a projeção se manteve em 12,25%.

 

Câmbio

Os economistas do mercado financeiro diminuíram a expectativa do dólar para 2025 de US$ 5,45 para US$ 5,41. A projeção da moeda para 2026 ficou estável em US$ 5,50. Para 2027, a expectativa reduziu para de US$ 5,51 para US$ 5,50, enquanto para 2028, a projeção caiu de US$ 5,56 para US$ 5,50.