O Pix conquistou o coração do brasileiro e se tornou um dos principais meios de pagamento do país. Inclusive, durante a campanha eleitoral, o então candidato e atual presidente Jair Bolsonaro (PL) até destacou que ele foi implementado durante a sua gestão, embora o projeto do meio de pagamento seja do Banco Central (Bacen).
Apesar da popularidade do Pix, ele não foi o meio de pagamento mais usado para quem mora no Brasil em 2021. Segundo o Banco Central, o uso de cartões, nas modalidades crédito, débito e pré-pago, foi utilizado por 51,1% das transações financeiras.
Na segunda posição aparece o Pix (16,2%). Em seguida, vem débito direto (11,4%), boleto (9,8%), convênios (5,1%), TED (2,1%), transferências intrabancárias (1,8%), e outros (2,5%).
Para valores maiores, as pessoas usaram com maior frequência o Ted (R$ 27,8 mil), seguido pela transferência intrabancária (R$ 14,7 mil). Já o valor médio do boleto foi de R$ 1,3 mil, enquanto que o Pix foi de R$ 548 e os cartões foi de R$ 86.
Em relação ao canal de pagamento, o celular foi responsável por 60% da quantidade de transações, seguido das feitas no internet banking (17,8%); correspondentes bancários, como lotéricas (13,3%); agências de atendimento (5,7%); caixas 24 horas (2,4%), e outros (0,8%).
Se os cartões são os maiores meios de pagamento, o Banco Central destaca o crescimento da modalidade pré-pago em 2021, que correspondeu a 13% da quantidade de transações com cartões ante os 6% de 2020. O ticket médio dele foi de R$ 31, bem abaixo dos R$ 123 e R$ 67 dos cartões de crédito e débito, respectivamente.
“Ressalta-se que o cartão pré-pago é um relevante indutor de inclusão financeira que, junto com outros instrumentos de pagamento, vem promovendo acesso à digitalização de pagamentos e a transações de comércio eletrônico. É ofertado, principalmente, por instituições de pagamento (fintechs)”, explica o BC.