O índice de difusão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mostra o porcentual de itens com aumentos de preços, passou de 66% em abril para 56% em maio, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O índice de difusão do IPCA de maio é o menor desde agosto de 2020, quando ficou em 55%.
“Uma difusão menor indica que a gente teve uma quantidade menor de subitens com aumento de preços em relação a abril”, disse André Almeida, analista do Sistema de Índices de Preços do IBGE. “Na passagem de abril para maio, a inflação esteve menos disseminada entre os subitens que compõem a cesta (de consumo).”
A composição do IPCA foi atualizada no início de 2020. Um total de 377 diferentes itens passaram a ter seus preços coletados todos os meses, divididos em nove grupos de gastos:
A difusão de itens alimentícios passou de 64% em abril para 53% em maio.
Já a difusão de itens não alimentícios saiu de 67% em abril para 58% em maio.
O alvo da metodologia do IPCA são as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a sua fonte de renda. Para chegar ao índice de inflação, são coletados os preços entre os dias 1º e 30 de cada mês em lojas e estabelecimentos de prestação de serviços, concessionárias de serviços públicos (como água ou energia elétrica), além da internet.
A cesta de produtos e serviços pesquisados mensalmente envolve itens de naturezas variadas. Entram arroz e feijão, é claro, mas também consulta médica, mensalidade escolar, aparelhos eletrônicos e atividades de lazer. Cada um tem um peso maior ou menor conforme a presença deles na cesta de consumo média da população. Assim, os itens relacionados à alimentação costumam ter um peso maior do que, por exemplo, comunicação ou vestuário.