Atividade econômica desacelera no quarto trimestre de 2024. O indicador do Banco Central aponta que a soma de todos os bens e serviços finais produzidos no Brasil apresentou estabilidade (0%) entre outubro e dezembro do ano passado.
Apesar da perda de ritmo contabilizada no último trimestre, o IBC-Br aponta para o crescimento de 3,8% no acumulado dos 12 meses finalizados em dezembro.
Juros altos explicam a perda de força da atividade econômica. A elevação da taxa Selic nas últimas quatro reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária) tem o objetivo de segurar a inflação. Para isso, no entanto, a atividade econômica é desestimulada devido ao acesso mais complicado ao crédito e a redução do consumo.
Patamar elevado da taxa Selic é alvo de críticas do governo. Integrantes da equipe econômica manifestam preocupação com o nível da taxa básica de juros, atualmente em 13,25% ao ano. Na semana passada, Lula disse que o atual presidente do BC, Gabriel Galípolo,”consertará” a questão, mas afirmou ser necessário “dar tempo” para isso acontecer.
O que é o IBC-Br
Indicador é calculado a partir de uma base similar à do IBGE. Com divulgações mensais, a coleta de dados do Banco Central é classificada como a “prévia do PIB” por antecipar o andamento da atividade econômica. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística apresenta os dados sobre o desempenho da economia somente a cada período de três meses.
Resultado do terceiro trimestre de 2024 teve diferença de 0,22 ponto percentual. O PIB brasileiro avançou 0,9%, na comparação com o período entre abril e junho. No IBC-Br, a alta contabilizada no mesmo intervalo foi de 1,12%. Frente ao mesmo período do ano anterior, os dados do IBGE mostraram avanço de 4% da economia, enquanto o IBC-Br indicou alta de 4,7%.