O Banco Central informou que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado a “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), registrou uma alta de 1,1% no terceiro trimestre deste ano.
O resultado pelo BC foi calculado após ajuste sazonal — uma espécie de “compensação” para comparar períodos diferentes. A comparação foi feita com os segundo trimestre de 2024.
- O dado divulgado pelo Banco Central mostra pequena desaceleração da economia. Isso porque, no segundo trimestre deste ano, o IBC-BR teve uma expansão um pouco maior, de 1,2%.
- O crescimento do IBC-Br no 3º trimestre 2024, entretanto, foi o quarto resultado positivo seguido. A última retração do indicador foi registrada no terceiro trimestre de 2023 (-0,6%).
Fonte: BANCO CENTRAL
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. O resultado oficial do período, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), será divulgado em 3 de dezembro.
Se o PIB cresce, significa que a economia vai bem e produz mais. Se o PIB cai, quer dizer que a economia está encolhendo. Ou seja, o consumo e o investimento total é menor. Entretanto, nem sempre crescimento do PIB equivale a bem estar social.
Mês de setembro
De acordo com o Banco Central, em setembro deste ano, na comparação com o mês anterior, o IBC-Br registrou uma expansão de 0,8%.
- Com isso, houve melhora na comparação com agosto, quando o indicador teve crescimento de 0,2%.
- Essa também foi o segundo mês seguido de expansão. A última queda mensal do índice foi em julho deste ano (-0,3%).
- Na comparação com setembro de 2023, a chamada prévia do PIB do BC teve alta de 5,1% (sem ajuste sazonal).
Ainda segundo o Banco Central, o IBC-Br apresentou crescimento de 3,3% na comparação com os nove primeiros meses de 2023.
E, em 12 meses até setembro, a expansão foi de 3%. Nesses casos, o índice foi calculado sem ajuste sazonal.
PIB X IBC-Br
Os resultados do IBC-Br são considerados a “prévia do PIB”. Porém, o cálculo do Banco Central é diferente do cálculo do IBGE.
O indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos, mas não considera o lado da demanda (incorporado no cálculo do PIB do IBGE).
O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o maior crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria mais pressão inflacionária, o que poderia contribuir para conter a queda dos juros.
Diante da alta das expectativas de inflação para os próximos anos, a instituição manifestou, recentemente, o “firme compromisso [por meio da taxa de juros] de convergência da inflação à meta”.