O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), divulgado pelo Banco Central nesta quinta-feira (16), mostrou expansão de 0,1% em novembro, na comparação com o mês anterior.
Com isso, houve relativa estabilidade no índice, que teve crescimento de 0,1% também em outubro.
Esse foi o quarto mês seguido de alta do indicador.
O cálculo é feito após ajuste sazonal — ou seja, uma forma de comparar períodos diferentes.
O IBC-Br é considerado a “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB) — soma de todos os bens e serviços produzidos no país, que mede a evolução da economia.
- Na comparação com novembro do ano passado, o indicador alcançou aumento de 4,1%, segundo o Banco Central.
- Nos onze primeiros meses de 2024, o aumento acumulado é de 3,8% em relação ao mesmo período de 2023. Já em 12 meses até novembro, a alta foi de 3,6%.
‘Prévia do PIB’
Assim como o Produto Interno Bruto, o PIB, o IBC-Br é um indicador de atividade. Sua metodologia de cálculo, no entanto, é distinta daquela feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador do BC é de frequência mensal e permite acompanhamento mais frequente da evolução da atividade econômica, por isso ele é apelidado de “prévia do PIB”. O Produto Interno Bruto, por sua vez, medido pelo IBGE, é de frequência trimestral e descreve um quadro mais abrangente da economia.
Por que isso importa?
Assim como outros indicadores de atividade, o IBC-Br é importante porque ele traz pistas do quão aquecida está a atividade econômica do país e o quanto há de pressão inflacionária no cenário atual. Uma economia forte tende a indicar que mais pessoas estão trabalhando e, consequentemente, ganhando e gastando dinheiro. E, como bem se sabe, esse cenário costuma vir acompanhado também de mais inflação, que é justamente o que tem preocupado o Banco Central.
O IBC-Br , portanto, é mais um dos itens que o BC avalia para tomar suas decisões monetárias e decidir se haverá cortes ou aumentos nos juros.