Na semana passada o Presidente Jair Bolsonaro disse que o Brasil vai se manter neutro em relação a guerra da Ucrânia e a Rússia. Disse ainda que não iria aderir ao boicote internacional, alegando entre outras coisas a nossa dependência na aquisição de fertilizantes da Rússia.
Apesar de grande produtor, o Brasil depende de outros países para tratar o solo com fertilizantes. Cerca de 70% do insumo usado na agricultura vem do exterior e a Rússia é a principal fornecedora.
Os fertilizantes químicos são uma ferramenta usada pelos agricultores para aumentar a produtividade do solo.
Em 2021, 23% dos adubos ou fertilizantes químicos importados vieram do país europeu, aponta o levantamento do Comex Stat, do Ministério da Economia. São mais de 9,2 milhões de toneladas do produto.
Ao todo, os produtores brasileiros compraram 41,6 milhões de toneladas, somando US$ 15,1 bilhões.
De acordo com dados do Itaú BBA, considerando as matérias-primas para os fertilizantes, do total comprado pelo Brasil, vieram da Rússia:
- 20% dos nitrogenados;
- 28% do potássicos;
- 15% dos fosfatados.
Cada cultura necessita de um fertilizante diferente para se desenvolver, dependendo de quais nutrientes precisa. A soja, por exemplo, exige muito fósforo e potássio, já o milho requer os nitrogenados.