A Black Friday é uma data de liquidações que nasceu nos Estados Unidos, onde consumidores garimpam produtos com enormes descontos no dia seguinte ao feriado de Ação de Graças.
O termo quer dizer literalmente “Sexta-Feira Negra” em inglês.
Ela já foi adotada em outros países, como o Brasil, para marcar o início da temporada de compras de Natal.
Entre eles, estão Reino Unido, Austrália, México, Romênia, Costa Rica, Alemanha, Áustria e Suíça.
No Brasil, ela foi adotada pela primeira vez em 2010, quando os lojistas perceberam o potencial de vendas da mais uma data promocional no calendário do comércio.
Quando será a Black Friday em 2024?
Em 2024, a Black Friday será no dia 29 de novembro.
O dia do mês varia de ano a ano porque o evento acontece tradicionalmente nos Estados Unidos no dia seguinte ao feriado de Ação de Graças.
O dia de Ação de Graças é uma celebração que existe desde o século 19 e que, desde 1941, é oficialmente comemorado sempre na quarta quinta-feira de novembro.
‘Black fraude’? Vale a pena comprar?
No Brasil, o surgimento de “preços maquiados” — com o valor de um produto sendo elevado poucos dias antes para então haver um “desconto” — em meio às promoções legítimas fez com que o feriado conquistasse uma reputação duvidosa e deixasse muitos consumidores desconfiados.
Falhas técnicas dos sites também contribuíram para frustrar o consumidor e gerar uma imagem negativa da Black Friday, que acabou sendo apelidada nas redes sociais de “Black Fraude”: a data em que, segundo a piada, os produtos “custam a metade do dobro”.
Lojistas e organizadores da temporada de promoções têm tentado mudar essa imagem e consertar o estrago causado pelas falsas promoções.
Eles tomaram medidas como lançar um selo para dar credibilidade aos descontos oferecidos e criar um código de ética para as marcas que desejam participar da data.
No entanto, parte dos consumidores continua reticente. Na pesquisa Niq Ebit sobre intenção de compras na Black Friday em 2024, 24% dos consumidores que disseram não ter a intenção de gastar no feriado afirmaram que o motivo principal é não acreditar que existam descontos. Não comprar por impulso (16%) e não ter necessidade de nada no momento (11%) foram outros motivos.
Apesar de ainda existir alguma desconfiança, os consumidores brasileiros têm gastado mais a cada ano na Black Friday (veja o gráfico abaixo), segundo os dados de vendas da ABComm