Levantamento divulgado pelo Sebrae mostra que 67% dos microempreendedores tinham emprego com e sem carteira assinada antes de se formalizarem como MEIs em 2022 – em 2019, eram 63%, aumento de 4 pontos percentuais com a pandemia.
De acordo com o Sebrae, isso indica o aumento do empreendedorismo por necessidade nos últimos três anos, uma saída encontrada para ter renda e resolver os problemas financeiros.
Veja abaixo as atividades que os empreendedores tinham antes de se tornarem MEIs em 2022:
- 51% tinham emprego com carteira assinada
- 16% tinham emprego sem carteira assinada
- 15% eram empreendedores informais sem CNPJ
- 5% eram donas (os) de casa
- 4% eram estudantes
- 3% eram servidores públicos
- 2% eram desempregados
O levantamento mostra que houve uma queda na proporção de microempreendedores individuais que já atuavam como empresários na informalidade. Em 2019, os empreendedores informais representavam 21% dos MEIs e, em 2022, essa participação caiu para 15%.
O presidente do Sebrae, Carlos Melles, afirma que uma das explicações para a queda é o fato de que houve um grande número de formalizações desde o início da pandemia.
Segundo dados do Ministério da Economia, foram criados 2,6 milhões de MEIs em 2020 e, em 2021, foram mais 3,1 milhões. Neste ano, já foram registrados mais de 646 mil novos MEI. Atualmente há cerca de 14 milhões de MEIs no país.
“A existência desse modelo de empreendedorismo, que implica em menos burocracia e uma tributação menor, permitiu que milhares de pessoas que perderam seus empregos na pandemia pudessem atuar fora da informalidade”, avalia.
Melles lembra que o MEI tem acesso a diversos benefícios como aposentadoria, auxílio-doença, salário-maternidade, além de pensão por morte e auxílio-reclusão.