O percentual de famílias que relataram ter dívidas a vencer (cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado e prestações de carro e casa) continua avançando desde fevereiro, alcançando 79,5% em outubro de 2025, o maior percentual da série histórica.
O maior endividamento em outubro foi acompanhado com a proporção das famílias que atrasaram as parcelas de suas dívidas, renovando o recorde de 30,5%. O percentual de famílias que dizem não ter condições de pagar as dívidas em atraso também aumentou mais uma vez, alcançando 13,2%, renovando a maior taxa da série histórica.

Os dados foram apurados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), na edição de outubro da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta terça-feira (4).
“O avanço no endividamento, na inadimplência e na percepção de insuficiência financeira simultaneamente e pelo terceiro mês seguido é um alerta para a necessidade de ajustes, principalmente na área fiscal, para que os resultados de 2025 não se repitam ou se agravem ainda mais em 2026”, afirma o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.
Com o endividamento e a inadimplência em níveis históricos, as famílias acabaram aumentando o tempo acumulado com parcelas de dívidas atrasadas. O percentual de famílias inadimplentes por mais de 90 dias avançou de 48,7% para 49,0%, o maior nível desde dezembro do ano passado (49,2%). O dado também preocupa, pois é o segundo mês em que o percentual de famílias cuja dívida dura mais de um ano subiu, de 31,1% para 32%.



