Transações por PIX superam os R$ 60 trilhões desde a criação

As transferências por Pix entraram na rotina do brasileiro e, em pouco mais de quatro anos, ultrapassaram os R$ 60 trilhões movimentados. A marca foi alcançada agora, em 2025.

 

A ferramenta começou a funcionar em novembro de 2020 e se consolidou como uma das principais formas de transferir dinheiro.

 

O recorde foi registrado no ano passado, ao registrar R$ 26,46 trilhões que circularam por meio da ferramenta de transferências em tempo real. Os números são do Banco Central (BC).

 

Em 2021, primeiro ano em que o Pix funcionou em todo o período, este valor foi bem mais baixo – cerca de R$ 5,2 trilhões.

 

Mais empresas

Dados do Banco Central mostram que houve crescimento, nesses últimos anos, nas transferências entre pessoas físicas e também pessoas jurídicas. Mas o valor movimentado para empresas cresceu em ritmo maior.

 

Há dois anos, por exemplo, 26% das transferências eram de pessoas físicas para empresas e 64%, entre pessoas físicas. Agora essas transações são quase que equivalentes: 45% entre pessoas físicas e 42% de pessoa física para pessoa jurídica.

 

Segundo os dados do BC, os setores com maiores volumes recebidos via PIX em 2024 foram:

  • comércio varejista
  • comércio por atacado (exceto comércio de veículos e motocicletas)
  • serviços financeiros
  • serviços de escritório

 

Crescimento do PIX

Em novembro de 2024, quando o PIX fez aniversário de quatro anos, o diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central, Renato Gomes, comentou que o país estava próximo de ter toda a população adulta utilizando a ferramenta.

 

“Uma das coisas que mais impressionam é o uso do PIX por pequenos comerciantes, o microempreendedor individual, pelo sujeito que antes tinha dificuldade em oferecer um meio de pagamento digital aos seus clientes. Isso permitiu novos modelos de negócios, a pessoa que passa a vender produtos na rede social, que precisa de um pagamento instantâneo. E também incluiu muita gente que mora em regiões remotas, que não tem agência bancária”, avaliou o diretor do BC, Renato Gomes, na ocasião.

 

A partir de 28 de fevereiro, está prevista a universalização do PIX por aproximação, para permitir que os clientes bancários possam utilizar essa ferramenta para pagar contas com o telefone celular.

 

“O Pix por Aproximação funciona com base na tecnologia NFC, em uma dinâmica bastante prática, em que o cliente aproxima seu celular do dispositivo do recebedor para que a transação possa ser realizada. Há dois modelos possíveis, utilizando uma carteira digital ou utilizando o aplicativo da instituição de relacionamento do cliente”, explicou o BC.