Nesta semana, os EUA deslocaram três navios de guerra para o sul do Caribe, perto da costa da Venezuela, sob a alegação de conter ameaças de cartéis de tráfico de drogas, segundo agências de notícias. Trump afirmou que iria usar forças militares para perseguir o tráfico organizado, cujos grupos foram designados como organizações terroristas globais por Washington.
Durante o primeiro mandato de Trump, Maduro foi oficialmente acusado por Washington de narcoterrorismo. Caracas afirma que ‘ameaças’ dos EUA colocam em risco a paz e a estabilidade na região.
A porta-voz do governo dos EUA, Karoline Leavitt, disse nesta terça-feira (19) que o presidente Donald Trump vai usar “toda a força” contra o regime de Nicolás Maduro, na Venezuela.
“Maduro não é um presidente legítimo. Ele é um fugitivo e chefe de um cartel narcoterrorista acusado nos EUA de tráfico de drogas. Trump está preparado para usar toda a força americana para deter o tráfico de drogas”, disse Leavitt, a jornalistas, na Casa Branca.
Reação de Maduro
Em resposta, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou a mobilização de 4,5 milhões de milicianos ao que chamou de “ameaças” dos Estados Unidos.
“Vou ativar nesta semana um plano especial para garantir a cobertura, com mais de 4,5 milhões de milicianos, de todo o território nacional, milícias preparadas, ativadas e armadas”, anunciou Maduro em ato transmitido pela TV, ao ordenar “tarefas” perante “a renovação das ameaças” dos Estados Unidos contra a Venezuela.
Governo brasileiro mostra preocupação
Integrantes do governo acompanham com preocupação o envio de navios militares dos Estados Unidos para uma área próxima à costa da Venezuela. E, embora avaliam que o foco no momento seja o regime de Nicolás Maduro, eles ressaltam que a Venezuela tem uma fronteira de mais de 2 mil quilômetros com o Brasil.
Fontes do governo ressaltam que ainda não há nenhuma reação concreta à vista, mas afirmam que essa movimentação mostra que os Estados Unidos podem estar preparando o terreno para uma eventual intervenção militar no país vizinho.
Recompensa
Um dos sinais emitidos foi Washington ter colocado a cabeça do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, a prêmio por US$ 50 milhões.
. O valor é maior do que o oferecido por detalhes do paradeiro de Osama Bin Laden após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.
Segundo a procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, Maduro é um dos “maiores narcotraficantes do mundo” e representa uma ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos.