O Brasil abriu 241.785 vagas formais de trabalho em fevereiro, de acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgado nesta quarta-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
O resultado do mês passado vem do registro de 1,95 milhão de admissões e 1,70 milhão de desligamentos e ficou acima da expectativa. Uma pesquisa da agência Reuters apontava a espera da criação de 161 mil empregos.
Na comparação com fevereiro do ano anterior, o número de admissões teve queda de 6,7%, enquanto os desligamentos caíram 1,7%. Ante janeiro, as admissões de fevereiro foram 2,7% maiores e os desligamentos recuaram 5,8%.
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Dessas 241,8 mil vagas, 77,3 mil são atípicas (trabalhadores aprendizes, intermitentes, temporários e aqueles com carga de até 30 horas semanais).
O maior número de vagas (152,2 mil) foi para empregos com faixa de remuneração de 1 a 1,5 salário mínimo e para trabalhadores com ensino médio completo (146,1 mil).
Os dados se referem somente às vagas com carteira assinada, de acordo com informações dadas pelas empresas. O Caged não mostra os dados do mercado informal, como faz a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O setor de serviços liderou a geração de empregos no período, com a criação de 164.200 postos de trabalho, seguidos por indústria geral, com 40.380 vagas.
O setor de construção, com 22.246 vagas criadas, e o de agropecuária, com 16.284, aparecem em seguida. Somente o setor de comércio registrou saldo negativo, com perda de 1.325 postos.
As cinco regiões do país tiveram aumento nos empregos com carteira assinada. O salário médio das admissões de fevereiro foi de R$ 1.978,12 —retração de 2,47% em relação ao mês anterior, ou R$ 54,14 a menos.
São Paulo (65,4 mil), Minas Gerais (26,9 mil) e Paraná (24,1 mil) foram os estados com maior saldo no período. Já os menores ficaram com Amapá (139), Alagoas (160) e Roraima (220).
O estoque de empregos formais, que representa a quantidade desse tipo de posto de trabalho atualmente no país, chegou a 42.770.781 em fevereiro, ante 42.527.722 mês anterior.
No mês, o número de pedidos de seguro-desemprego teve um leve recuo ante o registrado em janeiro —passou a 557,8 mil em fevereiro, vindo de 614,1 mil solicitações. Fatores sazonais também influenciam neste resultado, em fevereiro do ano passado, esse número era de 550,3 mil pedidos.