O avanço de 1,1% na produção industrial em março ante fevereiro foi resultado de altas em 16 dos 25 ramos pesquisados, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As principais influências positivas partiram dos avanços de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,7%), máquinas e equipamentos (5,1%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (6,7%). Outros aumentos relevantes ocorreram em produtos farmoquímicos e farmacêuticos (3,2%), outros equipamentos de transporte (4,8%), produtos químicos (0,6%), couro, artigos para viagem e calçados (2,8%) e produtos de minerais não metálicos (1,2%).
Na direção oposta, entre as oito atividades em queda, a perda mais importante ocorreu em vestuário e acessórios (-4,7%), interrompendo três meses consecutivos de crescimento, período em que acumulou alta de 13,5%. Houve recuos significativos também em móveis (-4,3%) e produtos de metal (-1,0%).
Segundo o IBGE, a alta de 0,9% na produção industrial em março de 2023 ante março de 2022 foi decorrente de avanços em 11 dos 25 ramos industriais investigados na Pesquisa Industrial Mensal.
Segundo André Macedo, gerente da pesquisa do IBGE, a expansão na indústria nesse tipo de comparação teve contribuição do efeito calendário, uma vez que o mês de março de 2023 teve um dia útil a mais que março de 2022.
A base de comparação depreciada também ajudou, uma vez que a produção tinha recuado 1,9% em março de 2022 ante março de 2021, acrescentou o pesquisador. “Ainda tem predomínio de atividades em queda ante março de 2022”, apontou Macedo.
Os principais impactos positivos partiram de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (11,2%), indústrias extrativas (3,3%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (15,7%). Houve avanços relevantes também em outros equipamentos de transporte (22,3%), produtos de borracha e de material plástico (4,4%), produtos alimentícios (0,7%) e impressão e reprodução de gravações (17,5%).
Na direção oposta, entre as 14 atividades em queda, as maiores influências negativas foram de produtos químicos (-9,5%) e metalurgia (-5,4%). Outros recuos importantes foram registrados por produtos de minerais não metálicos (-7,3%), produtos de madeira (-15,5%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-7,3%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-3,8%).
Difusão
O índice de difusão, que mostra a proporção de produtos com avanço na produção em relação ao mesmo mês do ano anterior, passou de 40,3% em fevereiro para 44,6% em março.
Indústria opera 17,9% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011
Em março, a indústria brasileira ainda operava 17,9% aquém do pico alcançado em maio de 2011. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal e foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 10.
Na categoria de bens de capital, a produção está 26,6% abaixo do pico registrado em abril de 2013, enquanto os bens de consumo duráveis operam 38,1% abaixo do ápice de março de 2011.
Os bens intermediários estão 15,7% aquém do auge de maio de 2011, e os bens semiduráveis e não duráveis operam em nível 15,6% inferior ao pico de junho de 2013.