O índice de difusão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mostra o porcentual de itens com aumentos de preços, passou de 46% em julho para 53% em agosto, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A difusão de itens alimentícios passou de 38% em julho para 43% em agosto.
Já a difusão de itens não alimentícios saiu de 53% em julho para 61% em agosto.
Mais cedo, o IBGE informou que a inflação medida pelo IPCA fechou agosto com alta de 0,23%, ante uma elevação de 0,12% em julho.
O resultado ficou abaixo da mediana das previsões de analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que apontava avanço de 0,28%. O intervalo das estimativas ia de alta de 0,23% a avanço de 0,52%.
A composição do IPCA foi atualizada no início de 2020. Um total de 377 diferentes itens passaram a ter seus preços coletados todos os meses, divididos em nove grupos de gastos.
O alvo da metodologia do IPCA são as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a sua fonte de renda. Para chegar ao índice de inflação, são coletados os preços entre os dias 1º e 30 de cada mês em lojas e estabelecimentos de prestação de serviços, concessionárias de serviços públicos (como água ou energia elétrica), além da internet.
A cesta de produtos e serviços pesquisados mensalmente envolve itens de naturezas variadas. Entram arroz e feijão, é claro, mas também consulta médica, mensalidade escolar, aparelhos eletrônicos e atividades de lazer. Cada um tem um peso maior ou menor conforme a presença deles na cesta de consumo média da população. Assim, os itens relacionados à alimentação costumam ter um peso maior do que, por exemplo, comunicação ou vestuário.