Mercado financeiro reduz previsões para a inflação em 2024

O mercado financeiro reduziu, pela segunda semana consecutiva, a estimativa de inflação para 2024. A previsão atual é de que o IPCA feche o ano com alta de 3,86%.

 

Os dados são do boletim Focus, publicado nesta segunda-feira (22) pelo Banco Central com base em dados coletados junto a instituições financeiras.

 

Para 2024, a meta de inflação que o Banco Central deve perseguir é de 3%, podendo variar entre 1,5% e 4,5%. Ou seja, a projeção de 3,86% está dentro do intervalo permitido.

 

Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente daquelas que recebem salários menores. Isso porque o preço dos produtos aumentam sem que os salários acompanhem essa variação.

 

A projeção para o câmbio real-dólar também recuou. A estimativa, que era de um dólar a R$ 5 há quatro semanas, agora é de R$ 4,92,  para o fim de 2024.

 

A taxa básica de juros, a Selic, é o principal instrumento do Banco Central para perseguir a meta de inflação. Hoje, ela está em 11,75% ao ano.

 

A expectativa do mercado financeiro é que a Selic seja reduzida para 9% ao ano em 2024. Para 2025, a taxa deve ficar em 8,5%.

 

Crescimento econômico

O mercado espera um crescimento de 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024. A projeção cresceu marginalmente em relação à semana anterior (1,59%).

 

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a atividade econômica.

 

O boletim desta segunda-feira (22) também aponta para um crescimento da balança comercial – a diferença entre o que é exportado e importado pelo Brasil. Se a balança é positiva, significa que o Brasil exportou mais do que importou no período.

 

A expectativa dos economistas é que a balança fique em US$ 76,9 bilhões em 2024. A projeção do governo é de US$ 94,4 bilhões, pouco abaixo do valor recorde registrado em 2023, de US$ 98 bilhões.

 

 

Outros indicadores

  • Investimento estrangeiro: o investimento direto no Brasil deve alcançar US$ 65 bilhões, segundo as últimas projeções do mercado financeiro. O índice está estável em relação ao último boletim Focus;

 

  • Dívida líquida do setor público: a taxa é divulgada em relação ao PIB. A última projeção é de endividamento de 63,8% do PIB, menor que os 64,25% das últimas divulgações.