O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) cresceu 0,60% em janeiro, perdendo força em relação aos 0,82% de alta observados em dezembro, informou nesta segunda-feira (18) o Banco Central do Brasil. Mas o dado veio acima do consenso de analistas, que previa uma alta de 0,26%.
O resultado foi calculado após ajuste sazonal, um tipo de “compensação” para comparar períodos diferentes.
O índice é importante porque mostra como está a atividade econômica local e traz pistas sobre o quanto de pressão inflacionária há no cenário atual. A partir daí, o Banco Central pode balizar suas decisões quanto o futuro da Selic.
De acordo com dados do BC, esse foi o quinto mês seguido de crescimento do nível de atividade.
- Na comparação com janeiro do ano passado, informou o Banco Central, o indicador do nível de atividade registrou crescimento de 3,45%.
- Em 12 meses até janeiro, apresentou crescimento de 2,47%. Nesse caso, o índice foi calculado sem ajuste sazonal.
PIB e IBC-Br
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.
Se o PIB cresce, significa que a economia vai bem e produz mais. Se o PIB cai, quer dizer que a economia está encolhendo. Ou seja, o consumo e o investimento total é menor. Nem sempre, entretanto, a alta do PIB equivale a bem-estar social.
Para este ano, o mercado financeiro estima uma alta de 1,78% para o PIB – com desaceleração frente ao resultado do ano passado (+2,9%). Já para 2025, a expectativa é de um crescimento de 2%.
Já o IBC-Br do BC é um índice criado para tentar antecipar o resultado do PIB, mas os resultados nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais divulgados pelo IBGE.
O cálculo do PIB, divulgado pelo IBGE, e do IBC-Br é um pouco diferente – o indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos, mas não considera o lado da demanda (incorporado no cálculo do PIB do IBGE).
O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária. No fim de janeiro, a taxa foi reduzida para 11,25% ao ano pela quinta vez seguida.