Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR) revela que 85,8% das famílias paranaenses tem alguma dívida. O levantamento mostra que o percentual subiu de 84,7% em junho.
No cenário nacional, o percentual de famílias endividadas manteve-se estável, alcançando 78,5% da população em julho
O uso do cartão de crédito para compras alcançou 95,5% dos entrevistados em julho. Os financiamentos de veículos (6,2%) e imóveis (5,7%) voltaram a ganhar força ao longo do ano, e o crédito pessoal, praticamente ausente em janeiro (0,6%), dobrou sua utilização, chegando a 1,2%. Compras por carnês também cresceram, passando de 2,2% no início do ano para 3,6% em julho.
O tempo médio de comprometimento com dívidas das famílias paranaenses é de seis meses, sendo que 53,4% dos endividados possuem dívidas com vencimento em até três meses, enquanto 40,3% possuem compromissos financeiros com prazo superior a um ano.
A parcela da renda comprometida com dívidas é em média de 32,3%, índice considerado saudável por especialistas em finanças pessoais. A maioria (87,3%) compromete até metade da renda com dívidas, e apenas 12,7% extrapola esse limite.
Endividamento mais expressivo para quem tem renda superior a dez salários
O crescimento do endividamento foi mais expressivo entre as famílias com renda superior a dez salários mínimos, que passaram de 82,1% em junho para 83,9% em julho. Nessa faixa, também houve aumento das contas em atraso, de 7,7% para 8,9%. No entanto, nenhum entrevistado declarou impossibilidade de pagamento.
Entre as famílias com renda até dez salários mínimos, o índice de endividados passou de 85,2% para 86,3%. A inadimplência se manteve praticamente estável, com variação de 12,6% para 12,7%. O percentual de famílias que afirmam não ter condições de pagar suas dívidas também permaneceu inalterado, em 2,7%.
Endividados no Paraná crescem e inadimplência também
A inadimplência também teve leve oscilação, passando de 11,7% em junho para 12%. Já o percentual de famílias sem condições de pagar suas contas manteve-se estável em 2,1%.
No cenário nacional, a inadimplência apresentou leve aumento, passando de 29,5% para 30%, assim como a parcela de famílias que declararam não ter condições de quitar seus compromissos financeiros, que subiu de 12,5% para 12,7%.
