Banco Central começa hoje 1ª reunião liderada por Galípolo para definir taxa de juros

Começa hoje a primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que é composto por diretores do Banco Central (BC), sob a liderança formal de Gabriel Galípolo, novo presidente da instituição.

 

O resultado sai amanhã, e a expectativa é que o BC cumpra o indicado em dezembro e eleve a taxa básica Selic do patamar atual, de 12,25%, para 13,25% ao ano. A escalada deve seguir em março, para 14,25% ao ano.

 

A meta de inflação é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, ou seja, para que seja considerada cumprida, não deve passar de 4,5% ao ano. No ano passado, o IPCA foi de 4,83%.

 

Em 2024, mesmo com a alta dos juros, o saldo de operações de crédito no sistema financeiro nacional cresceu 10,9%, após um aumento de 8,1% em 2023, segundo dados do Banco Central (BC). O resultado ficou levemente acima da projeção do BC (10,6%) e mostra que o aumento da taxa básica de juros não foi suficiente para travar o avanço dos empréstimos no ano passado.

 

O cenário evidencia o tamanho do desafio que o novo presidente do BC, Gabriel Galípolo, terá no comando do Comitê de Política Monetária (Copom) para esfriar a economia e cumprir a meta de inflação, após o estouro em 2024.

 

A expectativa de analistas de mercado é de aumento em um ponto percentual, para 13,25% ao ano, mas chegando a 15% em dezembro. Também preveem o indicador oficial de inflação em 2025 alcançando os 5,5%. É o que apontam agentes de mercado na pesquisa Focus, do BC, divulgada ontem.

 

O número para a inflação do ano é um ponto percentual acima do teto definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 4,5%. A previsão para o índice de inflação estourando o teto da meta ocorre mesmo diante de uma expectativa de Selic restritiva.