Cinco maiores bancos comerciais detinham 81,4% do mercado de crédito no fim de 2021, mostra BC

cinco maiores bancos 07_06_21Os cinco maiores conglomerados bancários do país (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Santander) encerraram 2021 com 81,4% do mercado de crédito e com 77,4% dos depósitos totais. As informações foram divulgadas pelo Banco Central (BC) nesta quinta-feira (6).

 

Os cálculos englobam bancos comerciais, bancos múltiplos com carteira comercial e as caixas econômicas. Os dados estão no Relatório de Estabilidade Financeira de 2021.

 

Segundo o Banco Central, houve queda marginal em relação à concentração bancária registrada no fechamento de 2020, quando essas instituições financeiras detinham 81,8% de todas as operações de crédito e 79,1% dos depósitos bancários.

 

Segundo o Banco Central, a queda da concentração é “observada em todos os agregados contábeis e, de forma mais intensa, nos depósitos totais”.

 

A instituição acrescentou que a redução da concentração ocorreu apesar de, em 2021, terem sido avaliados doze atos de concentração.

 

“Quatro desses atos de concentração envolveram diretamente pelo menos um banco e alguma modalidade de crédito entre os mercados relevantes impactados”, acrescentou.

 

De acordo com o BC, o nível de concentração permanece elevado nos financiamentos rurais e agro, nos financiamentos habitacionais e nos financiamentos de infraestrutura e desenvolvimento (para empresas).

 

“O grau moderado de concentração é observado nas operações de aquisição de recebíveis comerciais (pessoas jurídicas), no crédito pessoal com consignação em folha (pessoa física) e no cartão de crédito”, informou.

 

Crédito e juros em 2021

Em 2021, o volume total do crédito ofertado pelos bancos cresceu 16,5%, atingindo a marca inédita de R$ 4,02 trilhões, segundo números do BC. O crescimento registrado foi de R$ 664 bilhões no período.

 

 

De acordo com informações da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o “expressivo resultado” do crédito bancário ano passado foi motivado pelos empréstimos destinado às famílias.

 

A Febrabran afirmou que os empréstimos cresceram de “forma ininterrupta ao longo do ano, beneficiado pela reabertura das atividades econômicas em decorrência principalmente do avanço da vacinação no país”.