Pela primeira vez desde que foi criado, em 2005, o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) registrou queda anual na arrecadação de tributos no País. A entidade estima que o Brasil termine o ano com redução de 17,85%, ou R$ 447 bilhões, na cobrança de impostos municipais, estaduais e federais em relação a 2019. No ano passado, o valor arrecadado foi de R$ 2,5 trilhões.
De acordo com a ACSP, a redução está relacionada à crise causada pela Covid-19 que impactou todas as atividades — com destaque para os setores de comércio e serviços, que correspondem a mais de 70% dos empregos gerados no país.
. Nesta terça, 29, o indicador apontava mais de R$ 2 trilhões em tributos pagos.
Para 2021, no entanto, mesmo ainda durante a crise do novo coronavírus, o País deve capitalizar mais contribuições, prevê a Associação Comercial de São Paulo. “Além de as atividades – principalmente as de serviços e do varejo – não estarem mais tão restritivas em seu funcionamento quanto estavam no pico da pandemia, na metade deste ano, o poder público também se mexeu para arrecadar mais”, afirma a entidade.
Veja os 10 produtos com mais impostos no Brasil, segundo instituto
Sabia que existem produtos no Brasil que, de cada R$ 10 que você paga, R$ 8 são impostos? Nem a cachaça, um dos símbolos do país, escapa da tributação pesada. Veja quais produtos têm mais tributos, segundo o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação)
- Cachaça – 81,87% do preço da cachaça é imposto
- Casaco de pele – 81,86% do preço é tributo
- Vodca – 81,52%
- Cigarro – 80,42%
- Perfume importado – 78,99%
- Caipirinha – O produto tipicamente brasileiro também tem uma carga tributária elevada, equivalente a 76,66% do preço
- Videogame – 72,18%
- Revólver – 71,58%
- Perfume nacional – 69,13% do preço
- Motos – de 250 cc têm embutidas, no preço, 64,65% de impostos