O aumento do número de idosos na população brasileira vai ampliar a demanda por gastos com saúde e previdência no Orçamento Federal.
O que está mudando na população?
Algumas coisas importantes estão acontecendo com a população brasileira:
- Menos jovens: em 2000, 30% da população tinha entre 0 e 14 anos. Em 2022, esse número caiu para 21%.
- Mais idosos: a quantidade de pessoas com mais de 60 anos aumentou de 9% em 2000 para mais de 14% em 2022.
- Menos filhos: hoje, as mulheres têm em média 1,7 filhos, bem menos do que os 2,1 necessários para manter o tamanho da população.
- Mais anos de vida: a expectativa de vida subiu para 76 anos em 2022, o que significa que as pessoas estão vivendo mais tempo.
Essas mudanças têm impacto direto no sistema de aposentadoria e em outros setores como saúde e trabalho. Isso porque, com menos jovens e mais idosos, o governo terá mais dificuldade em pagar as aposentadorias.
Quais os riscos para a aposentadoria?
Com menos pessoas trabalhando e mais gente aposentada, o governo arrecada menos e gasta mais. Além disso, a expectativa de vida aumentou e as pessoas estão vivendo mais tempo após se aposentar, o que também aumenta os custos.
Para lidar com o envelhecimento da população, foram feitas reformas da previdência, como a de 2019, que aumentou a idade mínima para se aposentar.
Impactos na saúde e no mercado de trabalho
Além da aposentadoria, o envelhecimento afeta outras áreas:
- O número maior de idosos aumenta demanda por cuidados médicos, principalmente para doenças crônicas. Isso pressiona o SUS e aumenta os gastos do governo com saúde.
- O mercado de trabalho vai ter menos jovens e mais idosos, sendo necessário criar políticas que ajudem a incluir os profissionais mais velhos no trabalho e investir em tecnologia para compensar a falta de trabalhadores.
Essas mudanças podem desacelerar o crescimento econômico do país. No entanto, com investimentos em educação e tecnologia, o Brasil pode encontrar formas de continuar crescendo.