O índice de difusão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mostra o porcentual de itens com aumentos de preços, passou de 63% em janeiro para 65% em fevereiro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A composição do IPCA foi atualizada no início de 2020. Um total de 377 diferentes itens passaram a ter seus preços coletados todos os meses, divididos em nove grupos de gastos:
De acordo com Pedro Kislanov, gerente do Sistema de Índices de Preços do IBGE, os reajustes em subitens de educação ajudam a explicar a alta na difusão de itens não alimentícios em fevereiro.
“São vários subitens de educação com reajustes por conta de início do ano letivo. Isso ajuda a entender por que a difusão de itens não alimentícios ter sido mais alta em comparação ao mês anterior”, contou Kislanov.
A difusão de itens alimentícios passou de 65% em janeiro para 62% em fevereiro.
Já a difusão de itens não alimentícios saiu de 61% em janeiro para 68% em fevereiro.
O alvo da metodologia do IPCA são as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a sua fonte de renda. Para chegar ao índice de inflação, são coletados os preços entre os dias 1º e 30 de cada mês em lojas e estabelecimentos de prestação de serviços, concessionárias de serviços públicos (como água ou energia elétrica), além da internet.
A cesta de produtos e serviços pesquisados mensalmente envolve itens de naturezas variadas. Entram arroz e feijão, é claro, mas também consulta médica, mensalidade escolar, aparelhos eletrônicos e atividades de lazer. Cada um tem um peso maior ou menor conforme a presença deles na cesta de consumo média da população. Assim, os itens relacionados à alimentação costumam ter um peso maior do que, por exemplo, comunicação ou vestuário.