Ao que tudo indica, as famílias voltam a pensar em aumentar o seu consumo. Pelo menos é o que diz a Intenção de Consumo das Famílias (ICF), que cresceu 1,8% na passagem de fevereiro para março de 2022. Esta já é a terceira alta consecutiva do indicador medido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e divulgado hoje (23). Com o resultado, a ICF chegou a 78,1 pontos.
A alta de fevereiro para março foi puxada por seis dos sete componentes da ICF. As maiores taxas de crescimentos foram observadas nas avaliações sobre a renda atual (3,2%), perspectiva profissional (2,8%) e emprego atual (2,6%).
Também tiveram altas o nível de consumo atual (1,7%), o acesso ao crédito (1%) e o momento para a compra de bens duráveis (0,8%). O único componente em queda foi a perspectiva de consumo (-1,2%).
Na comparação com março de 2021, a intenção de consumo cresceu 5,9%, devido às altas em cinco componentes, com destaque para emprego atual (13,4%) e perspectiva de consumo (16%). Também tiveram crescimento o nível de consumo atual (10,8%), a renda atual (9,7%) e a perspectiva profissional (3,1%).
Tiveram queda os seguintes componentes: momento para a compra de bens duráveis (-9,9%) e acesso ao crédito (-5,2%).
O que é a Intenção de Consumo das Famílias?
De acordo com a CNC, a pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) tem como objetivo produzir um indicador com capacidade de medir com a maior precisão possível, a percepção que as famílias têm sobre seu nível futuro de propensão a consumir em curto e médio prazos.
Os dados são coletados junto a cerca de 2.200 consumidores no município de São Paulo. O ICF pode ser usado para orientar as ações de aplicação das políticas públicas do Brasil.
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